Bianca Noite
Hoje Não quero saber, simplesmente
Estou Feliz, estou feliz porque percebi
Finalmente, Que não quero saber
Estou farta de tudo o que sinto e senti
Do que vejo e do que não vejo
Hoje estou feliz, porque percebi
Percebi que enquanto existir um sorriso
Terei certamente tudo o que preciso
Um coração quente porque sorri
Outro porque alguém lhe sorriu
Estou farta de lamentar as minhas desgraças
e de me esquecer de todas as outras coisas
Haverá sempre maus pedaços, e confusões
Haverá sempre más pessoas e corrupções
Mas também haverá boas pessoas e amores
E vidas e ajuda e abraços beijos e flores
Haverá sempre trabalho acabado e por fazer
Por isso, desculpem, mas não quero saber
Ajudarei quem poder ajudar irei sorrir
Irei dar o que tenho de melhor, por isso
Deixem-me sonhar viver e rir
Hoje não me preocuparei mais
Com problemas com solução...
Bianca Noite
Se pudesse viver de lembranças vivia,
Perdia-me na minha mente, em mim
Apenas vivendo os doces momentos
Momentos esses em que existia...
Agora sou uma cascata sem fim,
Um fundo poço de tormentos
Castigando-me e lamentando-me assim
Lambendo todos os meus ferimentos
Mas dia após dia nada melhora
Desde o alvorecer ao entardecer
Sonho sem sonhar e vivo sem viver
Vou apodrecendo, não há nada, e tudo piora
Vou vivendo, esperando a minha melhora
Mas sem me iludir, porque disto não vou morrer
Bianca Noite
Começo de novo o rumo de sempre
Aquele que sempre começo e nunca acabo
Aquele que volto atrás porque acho que não consigo
Aquele cheio de hesitações, de preguiça
Acomodações!
Mas hoje quero ser melhor,
Mesmo que já seja noite, quero tentar
Não quero ceder ao faço amanha, não hoje
Hoje... que palavra abrangente, hoje não
Agora, Neste momento, neste preciso milésimo de segundo!
Que seja inverno, que chova, que neve,
Que venha a maior tempestade, o maior vendaval
Estou farta de nadar na minha própria miséria.
Não tento porque posso falhar... pobre idiota
Morte a essa saga! A esses pensamentos medíocres!
Neste momento largo este cadáver de cobardia
Porque ter medo de viver, de arriscar, de perder
Não só nos priva do que é bom, como ainda
Nos consome por dentro.
Que tudo isso desapareça, e que dê lugar a mim.
Bianca Noite
Se meu pecado é ser eu
Pobre de mim que pequei como nunca
A minha única pergunta
É qual direito é afinal meu...
Ora como se me importasse
Sou louca pobre de mim, sou louca
E como louca peco em sê-lo
Sou loucamente feliz, e mesmo que o mundo me julgasse
Pobre do mundo pois iria despresá-lo
O mundo quer ser triste
Deixá-lo ser
Mas sozinho porque eu estou contente
E por ele não quero sofrer
Canso-me das rimas, coitadas
Ai que não quero ter limites, que se lixem elas também
Quero rir como nunca, chorar como nunca,
Viver, simplesmente viver
Chamem-me louca, sou artista
E com génio de artista ninguém é certo
E grito de felicidade, pelo nada que é minha vida
Grito de felicidade pelo que sou, pois sinto-me grande
Sei lá grito porque grito, porque quero gritar
E quanto mais grito mais vontade tenho em fazê-lo
Mais feliz fico por tê-lo feito
E canto, grito, salto
Num mundo de pura euforia
Quero que o mundo sinta a minha alegria
Que me inveje por ser feliz
Que me inveje e diga, que a pobre não sabe o que diz
E não sei mesmo, pois não?
Sou louca, puramente louca, completamente passada
E tu que me olhas pasmado
Volta para os confins do passado
Não quero saber de ti porque não me apetece
Chamem-me egoista chamem-me chanfrada
Chamem-me o que quiserem, pois sou-o tudo
Ou talvez nem seja nada, mas a verdade é que não me interessa
Opiniões? Levei a minha vida apoiada nisso
Mas hoje sou bem mais que isso
Perdoem a minha loucura, se não o fizerem quero lá saber
O que eu quero hoje é escrever
No estado mais puro que conseguir
Falando, Rodopiando na minha maluquice
Ter tudo o que não tive por mera borrice
Sou bela sei que o sou, tenho o que quiser
Apenas perco aquilo que nunca foi meu
Porque amor dá-se a todos e de todos se recebe
Porquê, não faço a mínima ideia
Eu não sou de ninguém e ninguém me pertence
Digam-me que não valho nada, que me quero rir
Por favor, digam-me isso, rir-me-ei como louca!
Insana, brutalmente insana me encontro
Falo com espelhos e paredes, comigo e comigo mesma
Faço um poema quase sem rimas, que escandalo
As letras correm-me nas veias, sobem-me á cabeça
Eu canto a cantiga que nunca cantei ,a minha cantiga
Ai ai... meu amigo e minha amiga
Contagiem-se pela minha insana loucura
Bebam dela, como água quando estão sedentos de sede
Pois embora doida, sou genial
E por isso, o meu saber não vos fará mal...
Bianca Noite
Abram alas, pois hoje estou feliz O mundo pode não me abençoar Mas eu nunca deixarei de sonhar Como um pequeno petis E que as minhas desgraças ardam E que os meus lamentos se desvaneçam Nas labaredas da minha alma Antes que volte a calma Hoje sou grande e bela Hoje sou brilhante como uma estrela E isso ninguém me tira Nem a mais pequena ideia sombria Olhem-me hoje então Tão altiva e brilhante E peço então perdão Pela alma tão citinlante Que parece ser um insulto Para o mundo que está sempre de luto...
Bianca Noite
Tal como o sol renasce Depois de uma tempestade Eu renasci Com sede de verdade O sangue corre-me quente nas veias Sentido o mundo, lutando por mim Já não me conformo em observar por janelas Já não desejo nenhum fim Estou farta de esperar algo Quero verdade, quero honestidade Quero saber quem está comigo Quero sentir a minha liberdade Não quero ser mais a vitima da tempestade Quero ser a sua causadora E luto por isso com ansiedade Sou uma eterna lutadora Posso não saber se alguma vez fui amada Mas sei que serei sempre admirada E se já não o sou agora Se-lo-ei na proxima hora Se a disciplina antes não me dumou Jamais me dumará agora A fraqueza, hibernou E agora ninguém me mandará embora!