Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.
Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.
Apenas vejo um vazio, uma pena, um politicamente correcto Apenas vejo o que explodiu O que deixou de ser perfeito
Sinto-me como se a sombra de alguém Como alguém que nunca conheces-te Deslizas pelo mundo e eu gostava também De ter o teu deslizar, o teu caminhar Ou que me dissesses que não esqueces-te
Mas quanto mais olho, menos vejo Quanto mais sinto, menos reconheço E digo que nada faz sentido, que não pode ser Mas apenas te oiço a dizer para te esquecer
Mas como posso, como posso Como posso eu caminhar sem perceber Como tanto se tornou em tão pouco Como tanto amor simplesmente deixou de ser
E tento-me repetir todas as imperfeições Tento-me convencer que é melhor assim Mas o meu coração não esquece as tuas feições E que não consigo reconhecer o fim
Os meus sonhos traem-me com mundos paralelos Em que tudo se resolve, foi tudo uma brincadeira Então acordo e percebo que vivo nos pesadelos E tu ai ficas imponente, sem sinal de choradeira
E eu alimento uma vazia esperança Depois olho-te e cai tudo na desgraça
Oh.. La estou eu de volta á minha areia Ao meu sol quente e seco Tão pacifico que até chateia Deixando as ideias seguir Matando as que me querem afligir
Sem um jardim, uma flor Uma brisa abençoada Com aquele cheiro e sabor De uma criança embalada
Chamo pelos meus anjos, estou sozinha Chamo-os calmamente, sinto-me pequenina Uma espada na mão, um caminho incerto Pelo menos tenho os pés no chão E não estou perdida no deserto
Areia... qual areia e qual deserto Um campo de batalha sim, é mais que certo Estendida, ligeiramente ferida, mas não perdida As nuvens vão desaparecendo O sol raia, sem alegria, banha-me de paz Esse anjo que agora é meu capataz E assim a minha condição vou esquecendo
Qual capataz?! Qual anjo?! É o sol, e sol é apenas isso Um astro, sem um unico desejo Eu é que o faço trazer-me paz Eu é que o transformo em alegria Ou neste caso paz sombria
Porque em campo de batalha não reina alegria Porque ele é o decadentismo da humanidade É o podre, o mau, a morte Só deixa sofrimento e saudade
Mas para mim, paz apenas Sei la, sei apreciar coisas pequenas Como o vento o sol a brisa Mas não quero pensar Quero olhar e ficar assim Sem morrer, sem matar Quero apreciar o começo do fim
E sem morrer, em pedra me transformo Me uno á terra, sou parte dela Humanidade? Não faço mais parte de decadentismo A paz almejo, e a tenho, sombria mas abençoada Não estou morta e não sou completamente pedra Porque sinto a paz tão almejada Não sou completamente humana Pois não sinto mais nada