Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.
Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.
Pensei saber o que era magia até te tocar Pensei o que era amar até te conhecer Que sabia o que era dor antes de te perder Que sabia o que era vazio antes de me apagares
Fui tocada por essa magia, e tudo se desmoronou Os padrões, as concepções, todos os planos, tudo falhou Quero perguntar o porquê, mil vezes, implorar Que me expliques, que me mintas, quero parar de chorar
Quero que me olhes bem nos olhos e me digas Que não foi nada, foi tudo da minha imaginação Que só eu senti isto tudo, para que haja uma solução apenas Para dizer-me que é caso médico que é apenas uma obsessão
Quero ir a um psicólogo e tirar-te de mim, Como quem tira uma droga de dentro Perceber, compreender e encontrar a isto um fim As memórias traem-me mas não me larga o sentimento
Tratas-me como se fosse uma estranha Como se não tivéssemos dito segredos Como se tu não tivesses dito nada Nem me dado a conhecer os teus medos
E depois repito para mim, foi apenas um dia Talvez seja eu a louca, e tu uma pessoa que conhecia Uma noite perdida em memórias que desaparecem E nós pessoas que mal se conheciam, e já não se conhecem
Apenas queria ir tomar um café, Uma conversa profunda, ou assim assim Profunda certamente, desabafar até Libertar um pouco do que há em mim
Mas há tantas mais coisas que fazer Tantas outras pessoas a atender Tanta vida que viver e resolver E fico esquecida novamente
Odeio sentir que estou a reclamar Tenho que vos lembrar que também sou gente Não sou vitima, mas também quero falar Também mereço ser ouvida, mesmo sendo resiliente
Ligo-vos e falamos de vós Falamos dou tudo de mim, e mais Sentem carinho, companhia, ás vezes até demais Represento mil papeis, para que não se sintam sós
E no fim quem fica sozinha sou eu Toda esta sapiência é somente vivencias E vou vagueando há procura de um cantinho meu Vou vivendo, sofrendo e acumulando experiências
Parece que se me virem tremer, vos treme o mundo Então sorrio, e convido-vos para um café Desejando apenas um ouvido, uma palavra amiga e um pouco de alivio até
Sou sem abrigo de tudo o que foi perdido A noite caí sobre mim e engole-me por inteiro Vagueio pelas ruas, quase que tenho medo Vivo nesta noite, sem encontrar paradeiro
Mas vou vagueando na esperança Ás vezes sou ingénua como uma criança No entanto de criança não tenho nada Pois nas brumas há muito que sou conhecida
Como senhora podia até temer Mas dos esquecidos sou rainha Mais que isto não dá para me perder Nem de mim já me consigo esconder
Sou como que da noite peregrina Sorriu aos perdidos, Vêm-me como uma lamparina Mas tenho mais de morte que de heroína
Apenas vejo um vazio, uma pena, um politicamente correcto Apenas vejo o que explodiu O que deixou de ser perfeito
Sinto-me como se a sombra de alguém Como alguém que nunca conheces-te Deslizas pelo mundo e eu gostava também De ter o teu deslizar, o teu caminhar Ou que me dissesses que não esqueces-te
Mas quanto mais olho, menos vejo Quanto mais sinto, menos reconheço E digo que nada faz sentido, que não pode ser Mas apenas te oiço a dizer para te esquecer
Mas como posso, como posso Como posso eu caminhar sem perceber Como tanto se tornou em tão pouco Como tanto amor simplesmente deixou de ser
E tento-me repetir todas as imperfeições Tento-me convencer que é melhor assim Mas o meu coração não esquece as tuas feições E que não consigo reconhecer o fim
Os meus sonhos traem-me com mundos paralelos Em que tudo se resolve, foi tudo uma brincadeira Então acordo e percebo que vivo nos pesadelos E tu ai ficas imponente, sem sinal de choradeira
E eu alimento uma vazia esperança Depois olho-te e cai tudo na desgraça