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Simples Poemas

Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.

Simples Poemas

Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.

29
Set20

Sou um corpo

Bianca Noite

Sou um corpo, apenas um corpo
Vazio de tudo o que preenche
Com tudo aquilo que enche

Boneca de porcelana partida,
Oca e estilhaçada, nem beleza já
Quebrada, pisada, esquecida

Louca, sem cérebro, sem razão
Olhos de vidro sem vida para lá
Mergulhada e estática no chão

Doces ilusões as que tinha
Riu-me, riu-me de mim e desta
Gargalhadas sonoras, de nada

De um vazio penetrante,
um capaz de preencher e vazar
Qualquer alma cheia de amar

Fostes quem? que me vazou?
Exististe de todo?
Miragem, ilusão, imagem
Tudo.

08
Abr09

Quem sou

Bianca Noite

Quem sou eu? Neste momento sou nada

Um reflexo no espelho banhado em lágrimas

Uma imagem, em mil pedaços partida

 

Quem sou eu? Nada, estou perdida nestas tramas

Perdida, só sinto dor, sou-a de todo

Desfiada, rasgada e embaraçada, tantas mágoas...

 

Quem sou eu? Ninguém, um coração partido

Moribunda, sem o estar, e isso revolta-me mais

Vazia de emoções, mas com a pior de todas bem no fundo

 

Quem sou eu? Tudo, sem ser nada demais

Vazia até ao tutano, Não há nada, ninguém

E eu quero, como tudo o que fui, desaparecer também

 

27
Mar09

Nestes momentos

Bianca Noite

Nestes momentos em que o nó na garganta aperta

O mundo, por muito brilhante, nos parece cinzento,

Quando a dor que sentimos, a cada momento nos esgota

Quando nos olhamos ao espelho e não vemos ninguém

Quando queremos que tudo á nossa volta partilhe o nosso sofrimento

Querendo destruir, aniquilar tudo, só para que nos sintamos bem,

 

E as lágrimas prendem, porque não querem sair

Ou porque não queremos que elas saiam,

Arrumamos tudo aquilo que queremos ver a cair

Só para dizermos a ninguém que estamos bem

E apenas rezamos para que com tudo não percamos a razão

 

Qual razão, nunca se sabe, apenas que não queremos piorar

Sabendo que é apenas o inicio, que nada vai melhorar

Vamo-nos atirar para o abismo e queremos permanecer calmos

Porque bem no fundo sabemos que não há outra opção

Sabemos que é necessário morrer para renascer

Mas nós nem preparados estamos...

Desesperamos perante qualquer conformação

È demasiado cedo para perder, tentamo-nos convencer

 

Mas nada, não há um único sinal que nos diga o contrário

E choramos, desesperamos, rastejamos, porque não queremos andar

Queremos esperar que nos venham salvar

Mas nada há para além de um grande abismo, estamos no silencio

Não há vento, apenas erva morta, devastação desastre

Somos uma humana catástrofe,

 

E depois? Depois vem a revolta... Queremos destruir

Destruir as ervas e os troncos mortos, o ar que não se mexe

A tristeza que nos está por dentro, tudo vale, para o abismo não ir

Perguntamos ao céu mil vezes o porquê, nada responde

Começamos a destruir-nos a nós, nada há para além disso

Apenas queremos aliviar a dor, e para isso fazemos tudo o que for preciso

Imploramos, rastejamos, choramos o que somos, o que não somos

E no fim, depois de tanto esforço, sabemos que estamos perdidos...

 

 

 

29
Jan08

Cantando... Sunsurrando

Bianca Noite
Jazo por terra, oiço o bater do meu coração
Quem sou... O que sou...
Não há nada, não há ninguém
Nem me resta um pingo de razão
O mundo quase que me acabou
E a minha força também...

Fecho os olhos e cai-me uma última lágrima
Agora durmo, agora esqueço
Um dia acordarei, mas hoje pereço...

E canto para mim
Canto aquela cantiga do fim

"...Ás armas porque ninguém te pode vencer
Ás armas pois nada mais podes perder..."

Sunsurro... vou sunsurrando
Vou assim cantando...

"...A tua força é o teu ser
A tua força é determinação, só podes vencer..."

Mas apenas vejo um grande vazio
Onde está tudo o que partiu?

"...Ás armas, Ás armas, que es guerreira..."

Não quero pensar, não, nem mais um pensamento
Não há pior tormento, quero apenas cantar para mim
Relatar tudo assim
A minha cantiga, e o meu tormento...
10
Jan08

A Besta

Bianca Noite
Meu Deus... Sinto uma força colosal
Tenho uma besta em mim a despertar
Por favor ajudem-me, isto é fatal
De tanto segura-la, começo a lacrimejar

Por favor, eu apenas quero voltar a mim
Eu não quero que acabe assim

Ajudem-me, por favor
Isto de tanto ódio já é dor
Ou nem seu se a dor é que já é ódio
Mas estou presa por um fiu

Caio, em mim, não me quero perder
E no fim acabarei por o fazer

Não me quero conformar!
Isso não pode acontecer!
A unica coisa que ela fará será matar
E eu não quero morrer!

07
Dez07

Luta e dor

Bianca Noite
Dor, uma dor percistente toma conta de mim
Estou viva?
Não sei, parece que a minha força está no fim
Estarei perdida?

Não! não, não o permito!
Sou muito mais forte que isto!

O meu mundo está tão tempestuoso
Não tenho uma árvore onde me esconder
E isto tão chuvoso
Quem me dera que a chuva basta-se para te esquecer
Mas não, quero me sentar, quero descansar
Mas a dor continua a assolar-me
E eu começo a fraquejar

Não, não pode ser! Eu aguento-me!

Serei forte?
Ao que me condenou a sorte...
Alguém me ajude, perciso de ajuda
Mas no meu mundo não há ninguém
E mesmo que ouvesse, eu estou muda

Rezo aos anjos, e a sorte
Eles nada podem fazer
Vale-me o meu coração forte
mas eu não quero mais sofrer...

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