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Simples Poemas

Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.

Simples Poemas

Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.

12
Nov17

O teu olhar

Bianca Noite

Apenas vejo um vazio,
uma pena, um politicamente correcto
Apenas vejo o que explodiu
O que deixou de ser perfeito

Sinto-me como se a sombra de alguém
Como alguém que nunca conheces-te
Deslizas pelo mundo e eu gostava também
De ter o teu deslizar, o teu caminhar
Ou que me dissesses que não esqueces-te

Mas quanto mais olho, menos vejo
Quanto mais sinto, menos reconheço
E digo que nada faz sentido, que não pode ser
Mas apenas te oiço a dizer para te esquecer

Mas como posso, como posso
Como posso eu caminhar sem perceber
Como tanto se tornou em tão pouco
Como tanto amor simplesmente deixou de ser

E tento-me repetir todas as imperfeições
Tento-me convencer que é melhor assim
Mas o meu coração não esquece as tuas feições
E que não consigo reconhecer o fim

Os meus sonhos traem-me com mundos paralelos
Em que tudo se resolve, foi tudo uma brincadeira
Então acordo e percebo que vivo nos pesadelos
E tu ai ficas imponente, sem sinal de choradeira

E eu alimento uma vazia esperança
Depois olho-te e cai tudo na desgraça

 

06
Abr09

Amo-te(e pago por isso)

Bianca Noite

Amo-te tanto, E sei também que não devia

Não devia amar-te assim, não devia perdoar-te assim

Não devia pensar sequer em ti, relembrar-te muito menos

Mas assombra-me tudo isso que eu queria

Estou perdida, sinto-me sem vontade e sem fim

Nem pensas em mim, e tu até estás nos meus sonhos...

 

A raiva que me jorra no peito, não é mais que mágoa

Revolta porque me iludis-te até ao fundo, até ao ermo

Tenho-me a mim, a minha mísera vida, e mais nada

Sou a pobre coitada porque me tomas, isso mesmo

Sim sou isso, arrogante e insegura, até ao âmago

O fel que se instalou na minha garganta não mente

Sou perversa, louca, mas humana, e demasiado crente

 

Terei que pagar por querer na minha vida um pouco de luz?

E vou pagando, como pago, pago com sangue, carne e osso

Que mais tenho eu para além disso? A beleza do mundo que me seduz?

Pago também, deixando de a ver, Tudo isto é demasiado precioso

Para mim, pelo menos para mim. E desafio, o resto

Será por isso? Com certeza, com certeza que nem presto.

 

E nem sei, pobre de mim, sou cega

E continuo a amar-te, amar-te cegamente

Nem quero ir, nem penso que já chega

Apenas sonho ter-te para sempre

Que voltes, amando-me, como talvez nunca o tenhas feito

Salvando-me desta dor que me consome, um acaso perfeito

 

Mas nada, continuo a pagar com o que sou por ti

Amando-te demais para suportar não te odiar

E espero, como uma devota, ansiosa, aqui

Sei que não virás, isto mata-me, sou louca por aqui continuar.

Mas temo a ideia de não te voltar a tocar

Quando ela me alcança, berro, enlouqueço, arranho-me, mato-me

Eu sou uma pobre coitada, eu sei, tu não virás salvar-me...

04
Fev09

Recomeço

Bianca Noite

Começo de novo o rumo de sempre

Aquele que sempre começo e nunca acabo

Aquele que volto atrás porque acho que não consigo

Aquele cheio de hesitações, de preguiça

Acomodações!

 

Mas hoje quero ser melhor,

Mesmo que já seja noite, quero tentar

Não quero ceder ao faço amanha, não hoje

Hoje... que palavra abrangente, hoje não

Agora, Neste momento, neste preciso milésimo de segundo!

 

Que seja inverno, que chova, que neve,

Que venha a maior tempestade, o maior vendaval

Estou farta de nadar na minha própria miséria.

Não tento porque posso falhar... pobre idiota

Morte a essa saga! A esses pensamentos medíocres!

 

Neste momento largo este cadáver de cobardia

Porque ter medo de viver, de arriscar, de perder

Não só nos priva do que é bom, como ainda

Nos consome por dentro.

Que tudo isso desapareça, e que dê lugar a mim.

08
Jul08

Despertar

Bianca Noite

 

 E cá me envolvo de novo no meu ser

Na minha felicidade excessiva,

Mais real que qualquer outra, mas sem amor,

Porque ainda não sei bem que fazer,

Mas certa estou de que voltei a mim,

Embora ainda não me tenha livrado do teu calor,

Mas sei que isso terá, um dia, fim.

 

Hoje é dia de sorrir, sorrir como nunca

Sorrir assim simplesmente, por razão nenhuma

Rir-me para a sorte que não me sorriu,

Rir-me para a vida que sempre me acarinhou

Rir-me de tudo o que me partiu

Rir-me de mim, porque ainda não passou.

 

Mas sei que rir-me-ei com gosto

Porque não há razões para chorar

Sopra o vento

E deixarei o sol raiar...

 

 

25
Mai08

Se um dia te escrevesse uma carta

Bianca Noite

Se um dia te escrevesse uma carta,

Descreveria cada momento contigo

Cada lágrima, cada sorriso

Cada momento perdido...

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Lembrar-te-ia quando me dizias,

Que farias tudo por mim,

Lembrar-te-ia dos momentos no jardim

Os risos de criança perdidos...

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Sunsurrar-te-ia cada beijo, cada emoção

Cada toque... o quão viva estava,

Perder-me-ia em mil e uma palavras...

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Perguntar-te-ia porquê,

Sem querer ouvir novamente a resposta,

( Como em todos os momentos,

Em que a vida nos parece injusta)

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Alegaria que nunca sentis-te nada disto

Por muito que os teus olhos me contrariassem,

Por muito que os momentos o corroburassem...

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Descreveria todos os momentos

Em que desejo que voltes atrás

Que peças desculpas e que me tomes nos braços

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Questionar-te-ia porque não lutas-te por tudo

Porque me tentas-te proteger de ti

Se no fim, tenho na alma o sofrimento do mundo...

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Chamar-te-ia cobarde, faria birra de criança

Porque não me conformo com a tua ideia

De tentares evitar maguar-me asério...

Se no fim, pior não porderias ter feito

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Depois de me compor do desespero

Pedir-te-ia desculpas,

Que talvez soubesses o que fazias,

Que talvez tivesses razão

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Compartilharia o sentimento,

De perferir ser tua amiga para sempre

Do que um dia odiar-te

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Desculpar-me-ia no fim,

Por todas as palavras e pela peturbação.

Que talvez te podessem ter causado...

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Dir-te-ia, finalmente, que te amo,

E que independentemente de um dia

Deixar de o fazer da mesma forma,

Jamais me hei de arrepender do que vivemos

E terás sempre um lugar doce nas lembranças...

 

Se um dia te escrevesse uma carta,

Provavelmente seria o fim da minha esperança,

Escrever-te-ia uma carta de despidida, não de amor,

Já num momento muito pralá da dor...

 

Mas ainda não sou capaz de escrever essa carta,

Porque te amo, e espero que o tempo volte atrás.

Mas choro pela certeza de que jamais o fará.

Desespero quando me conformo,

E por vezes, no meio de tanto sofrimento

Sinto-me a descair para a insanidade...

 

Mas também, não sou capaz de te escrever essa carta,

Porque sei o quão culpado te sentirias,

Temo também, que para que todo o meu sofrimento acabasse,

Tomasses uma decisão precipitada, 

E me fizesses a vontade por culpa

Mas por tanto te amar, não posso permitir que isso aconteça,

Porque apenas te quero ver feliz....

 

E assim essa carta nunca será escrita,

Porque a tua felicidade também é importante,

E tenho que respeitar a tua decisão,

Independetemente do quão apertado esteja o meu coração...

02
Mai08

Sufocada

Bianca Noite

Sinto-me sofucada,

Tantas palavras que me querem sair

Tantas, e não sai nada...

 

Queria dizer-te tanta coisa,

O quanto te amo, quando não estás

O quanto te desejo, quando não me tocas

O quanto quero voltar, quando te deixo para trás

 

E nada digo

Nem mesmo o quanto gosto que me olhes,

O quanto gosto que me toques,

O quanto gosto que me beijes...

 

E como me perco no teu abraço...

E quando te encostas no meu regaço...

 

Tantas palavras não ditas

Tantas escondidas

Por detrás de um sorriso

O verdadeiro paraíso...

22
Mar08

Cega luta

Bianca Noite

Encontro-me sem saber para onde olhar,

Sabendo de antemão que tenho de lutar

O pior é que nem sei contra quê....

 

A minha determinação, espada leal

Desfaz-se na minha mão,

A minha segurança, escudo colosal

É levada pelo vento

E tu feres-me letalmente o coração

Cegamente...

 

Sinto-me impotente contra o mundo

E sento-me e faço a maior birra

 

Quero-te aqui, por um pouco

Que me abraces e leves para longe

Longe da tormenta que me consome

Que me consome não, que me devora

Que rasga tudo o que é pele e osso

Porque me recuso a voltar ao fundo do poço

 

E tu estás ai... porque olhas para longe? Eu estou aqui!

Estou a teu lado e vejo-te tão distante

Com mil e uma preocupações, e eu, apenas olho para ti...

Sempre há espera do meu momento, um instante

Rezando para que me voltes a ver

Porque, para esse outro mundo, não te quero perder...

01
Mar08

Distante

Bianca Noite
Cá me encontro outra vez, no mais puro alvorouço
Porquê? Sei lá! Apenas sei, que não sei, que não quero
E recuso-me a fazer algo que me obrigue a algum esforço
Porquê? Sei lá!Apenas não sei o que deveria querer e espero...

E se me perder por ai? Se me perder, perco-me contigo
Mas também não sei! Não estás aqui!
E de toda esta tormenta, acabas sendo meu abrigo.
Mas volto a não saber! Queria-te aqui...

Que maldito tormento este,
Que maldito destino agreste,
Que sopro maldito,
Mas quero-te tão perto!

E por fim, sei que te amo
E no meu sonho, te espero.

Com o vento arrastando os meus longos caracóis castanhos
Com meu vestido branco dançando ao vento
Comigo, olhando o Horizonte
Olhos postos nos meus sonhos...
Apenas te querendo aqui, por perto...
E tu, que não me encontras, apenas ouves o vento sunsurrar, amo-te.
25
Fev08

Para ti

Bianca Noite

Um momento que voa...

Mais um que ai vem,

Apenas a distância me magoa

Essa maldita sabotadora

Que me inspira também...

 

Mas tu, anjo que tanto me inspiras

Que entras nas minhas sinfonias

Que pairas no meu pensamento

Que com um beijo me tiras

Os tormentos, dando-me alento

 

Mereces mais que esta pobre mendiga

Esta criança que chora por dores de barriga

Que é o puro exagero ,o puro tudo nada,

Mas no entanto, não deixas de me fazer sentir amada...

 

E digo-te mais, sou grande sortuda

Dos teus azares, já não sei se sou culpada

Se não me der de todo, darei parte,

Pois por tudo isso quero compensar-te

 

Serei para ti, sempre eu, sempre única

E caso te vir a perder

( O que espero não acontecer nunca)

Quero poder lembrar e ver

Que te sentis-te o maior sortudo

Por, um dia, teres feito parte do meu mundo...

06
Fev08

Hoje sou mais

Bianca Noite
Hoje, por um simples momento
Sou bem mais que isto
Não sei bem porquê,
(Eu não, talvez outro eu saiba)
Hoje não danço não,
Não ando aos saltos sem razão,
Não tenho raiva, não grito...
Nada sou, mas acredito
Acredito que sou mais, bem mais
Mais que loucuras fenumenais...
Mais que exterismos...

Estou calma... tão calma...
Porque quero estar calma,
(Pois noutro caso não o estaria)
Sei que amanha vou ser diferente
Amanhã... amanhã é outro dia!
E eu sou tudo menos estável...
Amanhã serei coisa aparente
Porque ser ser, não o sei
Mas não me interessa que farei
Serei simplesmente o que for
Mesmo que isso me lembre dor...

Oh de mim que segurança não tenho
Hoje acredito, hoje sou
Amanhã não sei, serei outro desenho

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