Poeira
O mundo agarrou em mim despedaçou-me
O sol queimou todos os pedaços
A água lavou a cinza que o sol deixou
O vento ensinou-me a voar
E a terra acolheu-me no seu regaço
Mas nem mesmo ai existe descanso
O ciclo repete-se, até que a tontura vença
E mesmo assim, continua até que pereça
Digo-me já ter sido feita em tantos pedaços
Que mais nada sou que areia
Mas o que me custa mais é o que poderia ser
O que custa mais é que nada é meu e nada posso ter
Tudo perco e tudo vou perder
E de areia passo a pó e de pó passo a poeira,
E assim continua até ficar sólida de novo, se a isso chegar
e a poeira volto, desesperada e a chorar