Deserto
O meu coração é como um deserto
Seco e quente, vazio
É isso que sinto verdadeiramente nada
Mas nada de bom nem nada de mau
Estou cansada de tanto sentir
Que tudo secou tudo morreu
Eu dei-to sabes? O meu coração
E tu deixas-te-o secar e morrer
Como foste capaz? Porquê?Porquê?!...
Tu nunca me deste o teu... fingias só que davas
Ou que ias dar, ou talvez nunca tenhas fingido
E eu é que acreditei em palavras vagas
Ou crenças por mim fabricadas
E entre as cinzas do meu deserto
Enquanto deambulo por ali adiante
Pergunto-me onde errei... onde e porquê?
Nunca me amas-te? nunca me quiseste?
Tanto tempo, e porquê?
E lembro-me de tempos em que por mim tudo farias
E lembro-me das brincadeiras e das loucuras
E morro, morro mais um bocadinho