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Simples Poemas

Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.

Simples Poemas

Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.

06
Mar20

Um café

Bianca Noite

Apenas queria ir tomar um café,
Uma conversa profunda, ou assim assim
Profunda certamente, desabafar até
Libertar um pouco do que há em mim

Mas há tantas mais coisas que fazer
Tantas outras pessoas a atender
Tanta vida que viver e resolver
E fico esquecida novamente

Odeio sentir que estou a reclamar
Tenho que vos lembrar que também sou gente
Não sou vitima, mas também quero falar
Também mereço ser ouvida, mesmo sendo resiliente

Ligo-vos e falamos de vós
Falamos dou tudo de mim, e mais
Sentem carinho, companhia, ás vezes até demais
Represento mil papeis, para que não se sintam sós

E no fim quem fica sozinha sou eu
Toda esta sapiência é somente vivencias
E vou vagueando há procura de um cantinho meu
Vou vivendo, sofrendo e acumulando experiências

Parece que se me virem tremer, vos treme o mundo
Então sorrio, e convido-vos para um café
Desejando apenas um ouvido,
uma palavra amiga e um pouco de alivio até

01
Set16

Paredes

Bianca Noite

Mulher forte, mulher de garra, digo ser

Com tantas paredes e labirintos, que me consegui perder

E olho o mundo lá fora, com já tão pouco de mim

Vejo todos a fugir, todos a desaparecer enfim

 

E choro na minha prisão por mim erguida

Tento agarrar o pouco que aqui está ainda

Mas já está tudo de partida

E eu deixo tudo ir, destroçada

 

Porque me vêem assim tão imponente?

Sou apenas humana, tenho alma, sou gente

Luto pela vida como qualquer um de vós

 

Quero gritar pela ajuda que nunca vou ter

Quero fazer uma birra para que possa prender-vos

Mas não o farei, o orgulho comanda o meu ser.

 

17
Nov12

Coração itinerante

Bianca Noite

Porque gosto eu tanto de filmes tristes

Ou mesmo de romances?

De amores terríveis e belos

De pedaços de vida, de retalhos?

 

Porque amo eu histórias perdidas?

Amores que nunca irão durar?

Porque dou eu tudo por coisas

Que mais tarde ou mais cedo vou deixar?

 

A minha procura incessante,

Pela história, aquela que vou repetir

Que vezes sem conta irei repetir...

Coração itinerante, este o meu

 

Nunca se cansa nem irá cansar

Vive tanto de rir quanto de chorar

E no fim será para sempre o único

Que me ira beijar boa noite

E acompanhar-me até à morte

 

24
Out12

Nós já tivemos vários D. Sebastiões

Bianca Noite

Falta-me poetas e inspirações

O tempo faz-me sentir vazia

O mundo arde em emoções

E eu aqui fico, pasma e esquecida

 

Já não me revolto, não por falta de razões

Mas por razões a mais

Os altos perdem-se em perdões

Os baixos perdem as razões

 

Eu paro olho e calo, e eu que aclamava

O meu silencio, apesar de tudo não diz nada

Apenas observo, oiço as palavras soltas

E eu, a revoltada, fico pasmada

 

Anos de gente cega, e agora

Gente cega com a mania que vê

Preferia os zombies, aos agentes da revolta

Tal qual marionetas, o resto já se prevê

 

Que Deus nos salve do que está para vir

Heróis neste mundo, têm dois nomes

A memória partiu, fruto dos interesses

E eu que relembro, vejo tudo a cair

 

Nós já tivemos vários D. Sebastiões

Heróis da morte ou da cegueira

Quem tanto procura no meio do nevoeiro

Acaba por nem ver quem aclama com tanta fervura...

 

 

01
Jul12

Esta noite

Bianca Noite

Esta noite podes dormir, meu pequeno

Hoje guardarei o teu sono, podes sonhar

Podes descansar por fim, vim para ficar

Até ao dia que me digas para não vir

Afagar-te-ei o cabelo, sussurrarte-ei

Acompanhar-te-ei durante esta noite

Para te dar força nos pesadelos

Para partilhar contigo os sonhos

Para te esperar quando caíres,

Para te animar quando desistires

Nada te pedirei em troca, nada

Confiarei em ti, e no teu tempo

E confiarei em mim, e em nós

Hoje embalo-te, e espero ficar para sempre

01
Jul12

Culpa

Bianca Noite

Hoje queria sunsurrar-te ao ouvido

Mimar-te no meu regaço, ser o teu abrigo

Como um dia fui, antes de tudo,

Quando o meu amor era inocente

Quando tudo fazia sentido

 

Mas hoje esbanjo-me no meu egoísmo

Era eu e mais eu, constantemente

Nado no desespero, na culpa, no abismo

Como consegui transformar algo tão bom

Tão puro, no mais atroz egocentrismo

 

Nesses tempos viajava nos sonhos

Para te acarinhar e acalmar, estava ali

Depois estava ali porque querias que estivesses aqui

Quão sedenta de tudo, quão faminta estava

Devorei-te até ao âmago, e nem vi

Nem vi nada, meu pequeno, nada

 

Não te pedirei desculpas, porque será pior

Ultimamente, é somente o que sei fazer

E tu não mereces ter que suportar mais esta dor

Mas gostava de voltar aqueles dias

Ou voltar aquele sentimento estonteante

E mais uma vez, viajar nos sonhos

E sussurrar-te que te amo, e guardar-te o sono

Mais uma vez, e desta vez para todo o sempre

 

 

16
Jun12

Sendo palavras...

Bianca Noite

Pensar que não passamos de palavras

De coisas ditas sem sentido

Que nos perdemos e encontramos

Sendo palavras, vivendo fugazmente como palavras

 

As que te disse, as que me disseste

Tão mais fortes que nós, que o nosso amor

Não por ele ser fraco mas por nós sermos

Nós que nos deixamos levar por palavras

 

Nos deixamos magoar por palavras

Palavras, palavras e palavras

Palavras que nos guiam que nos ajudam

Palavras que nos magoam e destroem

 

Nós não passamos disso, palavras

Ou então deixamo-nos ser, somente isso

Deixamo-nos ser...

16
Jun12

E pensar que...

Bianca Noite

E pensar que te deixei ir

Pensar que virei as costas

Que te pedi para partir

 

E pensar nas vezes que chorei

Pensar que me amavas

Que te larguei

 

Pensar em todos os momentos

Todos os pequenos carinhos

Todas as loucuras e sonhos

 

Pensar em tudo o que foi bom

Todas as parvas brincadeiras

Todos os abraços e beijos

 

Saber que nunca amei tanto

Saber que tudo isto não foi suficiente

Toda a paixão, todo o amor

Toda a loucura todo esse calor

 

Saber que eu não estava bem

Saber que tudo isto é absurdo

Mas que é tarde demais

Tarde para recomeçar

 

Deitei-nos nas mãos dos deuses

Com esperança que talvez um dia

Se assim tiver que ser, se assim for

Possamos começar de novo

 

Mas agora quero chorar todas as lágrimas

Sentir todas as dores, aprender

Aprender tudo o que tiver que ser

E talvez um dia, Um dia estaremos

Finalmente, prontos para lidar com tudo

Com tamanha emoção e loucura

11
Abr12

Ha... Consciência

Bianca Noite

Eu queria que soubesses, e sei que até sabes

O quanto gosto de ti, e o quão me sinto bem

Quando não me calas ou não me abafas

Quando choras, o alivio que sinto

 

Porque sei, o quão evitas a tua humanidade

A tua vulnerabilidade, e digo-te

És mais forte quando o és,

És mais forte quando gritas de frustração

Em vez de ódio ou raiva ou indignação

És mais forte quando choras,

És mais forte quando abres essas portas

E o mundo entra e sai, e eu sinto-me completa

 

Porque eu sou quem tu amofas,

Eu sou por quem tu não choras,

Eu sou quem tu prendes, 

Eu, Eu sou a tua liberdade

Eu sou a tua humanidade

Eu sou sempre a esquecida, Consciência

 

 

06
Abr12

A ti que que nunca te escrevi...

Bianca Noite

A ti que que nunca te escrevi...

Não sei porquê, talvez nunca tanto senti

Talvez as palavras traíram-me ou fugiram de mim

Talvez pensei que tudo já tinha sido dito

Talvez tive medo que visses, Talvez tive medo do fim

 

Talvez estava a espera das palavras certas

Talvez de uma obra prima,

Ou achei que a minha poesia não era digna

 

Mas não é desculpa, não é desculpa a minha poesia não ser digna

Ela é como eu, ela é simples, ela é sentida, ela é desarrumada

Ela é tanto doce como amarga, ela é o esboço do que poderia ser

Ela é sonhos e amores e desamores, ela é sentimentos,

Ela é incompleta e de alguém que não é poeta

Ela é confusa, ela não é pensada, nem reescrita

As vezes rima outras não, as vezes tem forma outras não

 

Mas acho que não, Sei que não

Nunca quis proferir as palavras porque doeria demais

Doeria demais não as ouvir de volta,

Nunca quis escrever por medo de sentir

Por medo de me perder, por medo de me esquecer

 

E tu, tu que lidas com este emaranhado de mim

E me acalmas e sem dizer nada dizes que está tudo bem

Que não vai acontecer nada que vai tudo correr bem

 

E no entanto eu não quero falar, não quero escrever

Não te quero dizer, nem te quero escrever

Somente falei de ti em poemas, escrevi-te antes de tudo

Mas depois, depois de te ter comigo, faltou-me a coragem

A coragem para me entregar, a coragem para te amar

 

Por isso hoje escrevo-te, somente para te dizer

Se ainda não for tarde demais, que te amo,

Que sou tua de uma maneira que nunca fui de ninguém

E que todas as vezes que ralhei foi por saudade

Todas... Incluindo as que bati o pé, e que virei costas

Todas as vezes que não disse o que sentia,

Era porque não queria que me visses fraca... que me visses humana

 

E por tudo isto peço desculpa, porque ninguém tem mais direito ás minhas palavras

Ninguém tem mais direito as minhas lágrimas e as minhas gargalhadas

Ninguém tem mais direito ao meu coração, e de ver a minha alma

Ninguém

 

 

 

 

 

 

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