Calmaria
Cá me afundo, afundo em mim mesma,
Afundo-me na minha vida, que me dá tudo
E como em tantas outras, tira de seguida...
As rimas não existem,
Porque me parecem ridiculas neste momento
Estou calma, tão calma que me deixo arrastar no velório que é meu
Não existe mais nada, a não ser eu, eu e a minha melancolia.
Não choro, estou demasiado calma para isso, mas desvaneço
E quero-me puxar para cima, mas no fundo quero ir
Quero partir para nunca mais voltar...
Seria tudo tão mais facil, esquecer o mundo, esquecer-te a ti
De qualquer das formas ninguém repara...
Tenho que implorar por alguém que me oiça,
Porque sou forte, porque sou sempre forte,
E ninguém vê uma pessoa forte mal,
É como ver que mesmo para Aquelas pessoas,
O mundo não sorri, e a esperança vai-se...
E eu que sou a esperança dos outros?
A quem recorro para me dar esperança?
A mim... A ninguém