Floresta Cerrada
Vagueio, perdida, nesta vasta floresta cerrada
Caminho descalça sem saber onde ou porquê
Não tenho rumo, nem casa, estou isolada
Não vejo o mundo, das brumas estou à mercê
Ando mas continuo parada, não compreendo
Quero sair daqui, mas não sei de lugar nenhum
Vejo o mundo a passar por mim, adormecido
Tento gritar, da minha boca não sai som algum
Tenho uma dor em mim, que de mim não tem nada
Sou eu sem ser, sinto a minha alma bem apertada
Há quem diga que sou alegre, mas isso é o mundo que diz
O vazio consome-me e eu aqui fico ancorada
Caminho meio oca mas sempre com um sorriso na cara
No fim ninguém sabe que tenho muito pouco de encantada