Bianca Noite
Trinta faz o guardião, que não despertou
Trinta faz o guardião que irá despertar
Nessa noite em que o tempo é limpo
E que a energia reina em demasia no ar
Na noite de mais um dia ele despertará
E caminhará pela noite como o rei sol
Abençoará a terra como o rei sol
Purificará as pedras como o rei sol
Aprenderá e ensinará como rei sol
Como seu filho, Desviado, que se encontrou
Na eterna linha do destino será abençoado por fim
E todo o karma será vivido e ensinado
Não haverá misericórdia, para o príncipe sol
Mas ele não percisará, porque cedo será capaz de ver
Cedo será capaz de arriscar e viver
Cedo encontrará o seu caminho
Cedo será guiado e ensinado pela Luz
Pela protecção e experiencia divina
E a filha da terra e da agua, seguir-lhe-á
porque esta somente despertará depois dele
Porque ele é a Sua energia, a Sua Força
Ele é o caminho que Lhe foi vedado
Ele Guarda o Selo que ela se impôs
Ele é o karma dela, as lições aprendidas e por aprender
Ela será livre finalmente, depois da ultima chave se abrir
Depois de ela ser, finalmente somente ela
E ele ser finalmente ele, e todas as teias e conexões
Se Quebrem por fim, Criando a Una
O filho do fogo e do ar, e a princesa da agua e da terra
Marcaram o inicio, o inicio do fim desta Era
Bianca Noite
Eu queria que soubesses, e sei que até sabes
O quanto gosto de ti, e o quão me sinto bem
Quando não me calas ou não me abafas
Quando choras, o alivio que sinto
Porque sei, o quão evitas a tua humanidade
A tua vulnerabilidade, e digo-te
És mais forte quando o és,
És mais forte quando gritas de frustração
Em vez de ódio ou raiva ou indignação
És mais forte quando choras,
És mais forte quando abres essas portas
E o mundo entra e sai, e eu sinto-me completa
Porque eu sou quem tu amofas,
Eu sou por quem tu não choras,
Eu sou quem tu prendes,
Eu, Eu sou a tua liberdade
Eu sou a tua humanidade
Eu sou sempre a esquecida, Consciência
Bianca Noite
A ti que que nunca te escrevi...
Não sei porquê, talvez nunca tanto senti
Talvez as palavras traíram-me ou fugiram de mim
Talvez pensei que tudo já tinha sido dito
Talvez tive medo que visses, Talvez tive medo do fim
Talvez estava a espera das palavras certas
Talvez de uma obra prima,
Ou achei que a minha poesia não era digna
Mas não é desculpa, não é desculpa a minha poesia não ser digna
Ela é como eu, ela é simples, ela é sentida, ela é desarrumada
Ela é tanto doce como amarga, ela é o esboço do que poderia ser
Ela é sonhos e amores e desamores, ela é sentimentos,
Ela é incompleta e de alguém que não é poeta
Ela é confusa, ela não é pensada, nem reescrita
As vezes rima outras não, as vezes tem forma outras não
Mas acho que não, Sei que não
Nunca quis proferir as palavras porque doeria demais
Doeria demais não as ouvir de volta,
Nunca quis escrever por medo de sentir
Por medo de me perder, por medo de me esquecer
E tu, tu que lidas com este emaranhado de mim
E me acalmas e sem dizer nada dizes que está tudo bem
Que não vai acontecer nada que vai tudo correr bem
E no entanto eu não quero falar, não quero escrever
Não te quero dizer, nem te quero escrever
Somente falei de ti em poemas, escrevi-te antes de tudo
Mas depois, depois de te ter comigo, faltou-me a coragem
A coragem para me entregar, a coragem para te amar
Por isso hoje escrevo-te, somente para te dizer
Se ainda não for tarde demais, que te amo,
Que sou tua de uma maneira que nunca fui de ninguém
E que todas as vezes que ralhei foi por saudade
Todas... Incluindo as que bati o pé, e que virei costas
Todas as vezes que não disse o que sentia,
Era porque não queria que me visses fraca... que me visses humana
E por tudo isto peço desculpa, porque ninguém tem mais direito ás minhas palavras
Ninguém tem mais direito as minhas lágrimas e as minhas gargalhadas
Ninguém tem mais direito ao meu coração, e de ver a minha alma
Ninguém