Morte
Rebelo-me no mar das memorias que me arrasta,
Que me controla, admito, perco-me em rodeios
Deixo-me governar por caprichos e maus hábitos
E sangro, sangro de tal maneira que tudo se afasta
E assim fico sangrando eternamente, sem nada
E lágrimas, milhares de lágrimas por soltar presas há muito em mim
E aqui jazo, vivendo de alguma forma, encarando o fim
Não quero ver nem sentir nem me encontro conformada
Apenas morro aos poucos, aprendendo finalmente a viver
Mas parece que é tudo tarde demais, e tudo vou perder
E recinto-o, como o recinto... mas é como se tudo isto fosse suposto
Algo de bom não pode nascer do ermo do abismo....
Mas nasceu como nasceu e é e foi tão bom, mas tão errado
Errado para o mundo errado para mim errado para nós
Errado para quem quis que o fosse, errado e amaldiçoado
E eu que julguei ser mais forte que as forças do mundo
Fui arrastada na lama deste, e vi finalmente
Vi o meu Eu, esquecido á muito por mim mesma
E vi o que estava errado, e vi o fim...