03
Dez07
A puta da sorte
Bianca Noite
Ai que puta de sorte a minha!Quando agarro aquilo que tanto quero
Momentos depois, o doce passa a pó e farinha
Choro sento-me e espero
Luto e perco tempo para nada
Farto-me de sonhar acordada
E depois, engasgo-me com farinha!
Quero esmorrar paredes, quero gritar
Mas não posso, e mato-me a chorar
Sorrio como se não houvesse amanhã
Pois não sei que me trará a manhã
E quem disse que rir e sorrir eram estado de alma
Enganou-se por completo
Porque o meu estado de alma é sangrento, violento
Revoltada com o sacana do meu karma
Pois, mas eu disse que chorava, não foi?
Mas sem lagrimas,,, não sai nada!
E rio-me porque estou condenada
A sofrer pelo que despresava
Continuo com o sorriso vencedor
E apenas ganhei dor
Não, não tento fugir
O que eu mais quero é tudo sentir
Não me rio dos fracos por ser forte
Desses tenho eu pena
Riu-me é da cabra da sorte
Porque me tenta fazer ver,
Que não vale de nada lutar
Que não vale de nada sonhar
Mas eu sou muito mais ousada
Eu sonho eu luto e morro por isso
E ainda me riu dessa grande chanfrada
Porque morro com um sorriso.