Cobarde
O mundo pede-me que me deixe levar
Que entre na rotina, Que me deixe entusiasmar
Pede-me coisas reversas e controversas
E eu vou-me perdendo na minha insanidade
E algo me sunsurra, corre, luta, vive
Mas como serei eu capaz de viver
Se viverei no meio de tanta gente morta?
Algo me sunsurra ainda, Tu és capaz
Mas eu não oiço não por não querer
Nem por não saber, mas porque estou farta
Quero realmente deixar-me levar, lutar
Sonhar mais alto que o resto do mundo
Quero mudar, ser eu a viver, a sentir
Mas sonho tanto, que fico a dormir
Berro a Deus, aos Anjos, e nada
Sinto-me acabada cobarde, quero mudar
Mas na minha cobardia minto e digo k não sei como
Ou prometo que o vou fazer aos poucos
E nada, Ando aqui que nem uma condenada
Pequena de mim, e de nós que aos outros apontamos
E nem ao espelho somos capazes de nos olhar