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Simples Poemas

Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.

Simples Poemas

Este blog é um local onde partilho os poemas que vou criando, faço-o por puro prazer e diversão. Posto um pouco de tudo, principalmente acerca de sentimentos, emoções e momentos.

05
Dez06

Lágrimas

Bianca Noite
Lágrimas... o que são as lágrimas?
Água, simples água
O que limpa a desgraça e a magoa
E afasta as mesmas
*
Quantas vezes as congelei no interior?
Dizendo que era forte, e que ninguém as merecia
Para apenas afastar o terror
De tudo aquilo que me acontecia
*
Não interessa quantas deitei
Mas muitas já se foram
Mas nunca antes pensei
Em quantas já se perderam
*
Congelei-as,é certo
Mas depois de tanto sofrimento
Ficaram bem mais perto
Dos cantos dos meus olhos
Devido a todo este tormento
*
Sou uma boneca, não é?
Mas uma boneca de trapos velhos
Rasgada por todas as desgraças
E remendada por todas as esperanças
*
De que me valeu tudo isto então?
Para que enterra-se o meu coração
Perde-se os meus sonhos, e as minhas asas
Perde-se tudo aquilo que me guiava
De que me valem as palavras?
Perdi tudo o que amava...
*
Apenas fiquei eu
E esta minha personalidade complicada
E ainda não sei como isso também não se perdeu
É ainda mais forte do que eu pensava...
*
Mas aqui estou, afogando as maguas
As lágrimas? Essas, coitadas
Podem estar perto, mas decerto
Não as deitarei mais por isto
Eu mesma não o permito
*
Eu ainda estou viva,
Sem lagrimas e sem sonhos
Vivendo dias tristonhos
Mas eu serei finalmente a diva
A lutadora, a grande amazona
E tudo acabará numa história sensaborona
Como todas as histórias encantadas
De princesas e criaturas aladas
03
Dez06

A mentira

Bianca Noite

Mais uma vez aqui estou

Caida no meu canto

Recordo tudo o que passou

E quebro todo o encanto

Deste feitiço que fiz

E que me tomou e controlou

E assim apenas digo o que este diz

Este terrivel encanto que me abraçou

Estou farta de tanto falar

De tanto sonhar

De tanto viver

E no entanto, tanto sofrer

Já me julguei um anjo caido

Mas apenas quando vi o que tinha perdido

Tive consciencia de que sou

Apenas uma folha que o vento levou

Não o proprio vento, como em tempos disse

Ajudando quem me pedisse

Dando sem nunca pedir de volta

Sem nenhuma sombra de revolta

Agora aqui estou

Sem me conseguir sequer ajudar a mim mesma

Tentando limpar

As marcas que o tempo deixou

Sou apenas a restia de uma bela pluma

Que não foi feita para voar

Mas para simplesmente enfeitar

Um belo chapéu de condessa

E mesmo essa coitada

Já morreu na decada passada

E a pluma assim continua

já corruida pelas traças

E vitima de todas as desgraças

Estou viva eu sei

Mas como poderei

Olhar um espelho quebrado

Que me assombra com o passado

E com o meu coração

Há já algum tempo entarrado?

Esse, pobre coitado

Morreu de tanto sangrar

E de tanto amar...

 

E assim vivo uma mentira

Dizendo que tudo ultrapassei

Que tenho muito mais do que alguma vez pedira

E no entanto, estou incompleta

 

Enterrei o meu coração

E por pouco não estou também morta

Mas longe disso não fiquei

Tudo pelo sofrimento, e pela mentira que furgei

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